Mosaico da Vila

E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias
Machado de Assiso leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de AssisOSAICO DA VILA
E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de AssisICO DA VILA
E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de Assisepare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de Assis

O charuto do Cacique


Mesmo com tantas criticas antitabagista, os fumantes de charutos são ainda por demais glamourizados. Homens e mulheres de negócios, políticos bem-sucedidos, artistas de renome, eles adoram aparecem com um legítimo cubano na boca. Aquilo que no passado era consumido apenas pelos nobres europeus, mas que tem a sua origem em terras americanas, uma pratica religiosa incorporada pelos ibéricos. Todavia pode ate ser glamuroso ou coisa do tipo, mas que fede... Fede!


Assim, embaçado pela fumaça fétida do tabaco, eis ali um homem, que sem desdenho já se tornou um mito, pelas suas peripécias políticas, pois no dizer Arturo Graf "Com grande freqüência, a política consiste na arte de trair interesses reais e legítimos e de criar outros, imaginários e injustos." O charuto do tal astuto político me lembrou do povo M aia que usavam o sik'ar em seus rituais usado principalmente pelos lideres da tribo, tão quanto ali naquela mesa, onde sem anacronismo, as bajulações vassalas explicitam o suserano, ou melhor, o cacique da “tribo boca preta.”


A fumaça do charuto, me fez lembra ainda de Bob Marley que segundo ele "a política só serve para dividir o povo. É uma bobagem, pois faz o povo confiar em um homem, que não pode fazer nada por nós. Se você não tiver sua vida, você não tem nada.” Concordo com ele, pois em Oeiras não vejo resultado nessa segregação partidária, como se ao menos levasse a cidade para frente, mas dizem e já ouvi muito dizer que o cara do charuto é um intelectual. Será? Afinal são poucos os políticos que sabem fazer política. Mas, quando um intelectual tenta entrar nesse meio, então é o fim do mundo. Como asseverou um dia Jorge Luis Borges. Assim, não adianta abusar da proeza intelectual, quando o charuto transparece as velhas praticas que ainda norteiam para um passado não muito saudosista e nem digno de ser copiado, afinal os senhores de terra, barões e coronéis jazem na lapide fria das necrópoles.


Bem sei que é charmoso o charuto do prefeito, mas acima de tudo é inoportuno em qualquer lugar, afinal incomoda e já não estamos mais em tempos remotos onde a superioridade da hierarquia fazia silenciar os demais, o charuto é por demais fétido, e por mais arejado que seja o local, fumar um charuto em ambiente público é um risco. Na mesa ao lado pode haver alguém que não liga nem para o ritual nem para as nuances de sabor e só quer que o vizinho apague aquela “chaminé”. Afinal, não se pode exigir de todo mundo a sensibilidade devida.


Contudo, no dizer de Lajos Kossuth “a política é a ciência das exigências.”, nessa perspectiva é preciso apagar o charuto para não incomodar o vizinho.


junior vianna

3 comentários:

Heryka Gracyely disse...

Como sempre o nobre amigo Junior Vianna é autor de grandiosos textos que de certa forma enriquece o nosso conhecimento como leitores do seu blog.E como eu o digo,ele sabe colocar as devidas expressões de intelectuais em suas palavras.E desse texto o que mais me marcou foi o uso desta frase "nessa perspectiva é preciso apagar o charuto para não incomodar o vizinho" (Lajos Kossuth)
Sou sua fã....

Cynthia Osório disse...

É, tu deixou aki a marca explícita das palavras de Bob mensionadas no texto!
Amei as metáforas reais!
Ah e FEDE mesmo!

vicelma disse...

Muito bom...
Você,como diz amiga Cy jogou legal com as metáforas, e...fundamentou seu texto, legal!