Mosaico da Vila

E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias
Machado de Assiso leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de AssisOSAICO DA VILA
E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de AssisICO DA VILA
E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de Assisepare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de Assis
foto de Jhordan Smith

Mãos que Tocam


Algum tempo atrás durante a construção do meu texto monográfico de conclusão do curso de História, tive o prazer de fazer uma entrevista com dona Zezé Ferreira, senhora por demais conhecida na cidade, pela sua habilidade musical e por sua religiosidade, assim o que era pra ser apenas uma entrevista formal transformou num bate papo bastante descontraído, onde algumas história da vivência dessa senhora foi aos pouco revelada, dentre elas a de quando a mesma foi Maria Béu (Verônica), nos idos da década de quarenta. Em narrativa, disse-me que cantou no gogó para uma multidão de devotos do Bom Jesus, tremeu, mas não fraquejou, chegando a ser aplaudida.


Na verdade não conheço Dona Zezé com intimidade, mas ficou em mim a impressão de uma mulher simples e acessível, sei que posso esta enganado, mas a sensibilidade que ela passa na leveza de sua fala, evidência no dizer de Miguel de Cervantes que “onde há música não pode haver maldade”, afinal, tal senhora é patrimônio vivo da cidade uma das bandolinistas remanescentes da escola da música de Dona Aracy Carvalho, mãe do escritor O. G. de Carvalho. Dona Zezé é no cotidiano muito mais, é mãe, dona de casa e acima de tudo musicista fazendo das horas vagas um espetáculo sem platéia. Embora em momentos oportunos dedilhe no seu bandolim de músicas sacras ao brasileiro “chorinhos”, e assim, transparece tão quão é a variedade do seu repertório.


Oeiras é uma cidade inusitada pelo fato de abrigar pessoas com histórias tão interessantes. Dona Zezé é uma dessas, pois sua vida é por si só história pura, confundindo-se em certos momentos com a própria história recente da cidade, mas ao contrário de tantas outras, é um história viva, pois a bem da verdade, no dizer da poetisa Cora coralina: "O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada, Caminhando e semeando, no fim terás o que colher." Diante disso, conheço pessoas que foram aprendizes dessa senhora, são sem dúvidas sementes plantadas pela boa vontade dela que podem em longo prazo também disseminar tal manifestação artística.


É senhores! No dizer do filosofo Miguel de Unamo: "Entre as graças que devemos à bondade de Deus, uma das maiores é a música. A música é tal qual como a recebemos: numa alma pura, qualquer música suscita sentimentos de pureza." Assim, fica em minha cabeça o doce som dos Bandolins de Oeiras, e acima de tudo a figura da musicista Zezé, que pela simplicidade de suas mãos que tocam, encanta a alma de quem tem o prazer de ter pelo menos dois dedos de prosa com ela .


junior vianna
Oeiras, agosto de 2009

2 comentários:

Cynthia Osório disse...

Há dias tu me mandou o link desse texto, e só agora li...
Tua oeirensidade é mesmo contagiante,Júnior! Quando tudo parece mesmice, vc vem e nos mostra que tem mais ali, revivando o nosso orgulho da terra.
Oeiras é música para meus ouvidos oeirenses e orgulhosos!!

Marcos Vinicius disse...

Parabéns!Meu amigo pessoal pois acredito que posso sim dizer isso.Que fotos lindas e que organização textual e de ideias.Suas palavras e no todo seus textos faz com que mesmo quem ñ seja um oeirense nato sinta inveja e pessa a deus outra vd para que o mesmo possa nascer em poço de cultura Que é nossa cidade de Oeiras.1 abraço meu amigo saudade!