IHO: A memória viva de Oeiras
Nos idos do século XVII, o memorável cientista inglês Isaac Newton enviou uma carta para Robert Hooke e nela atestou que "Se vi mais longe foi por estar de pé sobre ombros de gigantes." Nessa frase evidenciou a eloqüência de suas descobertas no campo das ciências naturais. Todavia, eu usaria a mesma frase para explicitar que das muitas informações que tenho sobre nossa terra devo aos escritos outrora publicados nas revistas do Instituto Histórico de Oeiras, pois, varias vezes saciei a minha sede de conhecimento nessas fontes de grande valor historiográfico.
Mas por que falar nas revistas e não nos muitos entusiastas que nelas registram história? Porque a priori, a maioria desses gigantes eram desconhecidos para mim. Entretanto, nas muitas leituras realizadas, passei a descobrir que cada prosador tinha sua forma de externar o seu amor a terra mãe. Foi assim, que conheci José Expedito Rêgo, Possidônio Queiroz e Costa Machado não mais humanos, mas imortalizados em cada página das revistas.
Assim, debruçar sobre os textos dos periódicos do IHO é antes de qualquer coisa, mergulhar num universo intrínseco de conhecimento. Foram elas que durante minha formação acadêmica nortearam-me na tentativa de compreender os enigmas da Velha Urbe e nessas leituras tornei-me amigos de Dagoberto Jr., Espírito Santo Rêgo, Rita Campos e de tantos outros. Ate ali, meu diálogo limitava-se a quatro paredes e um livro sobre a mesa. Dessa forma, diante da sabedoria impressa naquelas revistas, lembrei-me do poeta português Fernando Pessoa em seu poema “Da minha aldeia” que diz: “ Na minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver o universo.../ Por isso a minha aldeia é tão grande como outra qualquer/ porque eu sou do tamanho do que vejo/ e não do tamanho de minha altura...” Portanto, tão quanto o poema, em Oeiras muitos são os que devotam com regozijos o seu sentimento bairrista.
Com o passar dos anos as revistas do IHO não mais saciavam as minhas curiosidades pelas coisas da velha urbe. Assim, procurei a sabedoria viva de alguns que fazem parte dessa casa, desta feita, as respostas vieram na oralidade de Carlos Rubem, Chico Rêgo e Dagoberto Jr. que pautados no respeito e na afetividade nos tornamos amigos e irmanados na mesma causa, que é o estima incomensurável por nossa terra.
O amor pela terra mãe me fez professor de história, por que não dizer contador de história visto que certa vez disse Machado de Assis: “repare como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de histórias é justamente o contrário do historiador, não sendo o historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias”. Nesse contexto, Oeiras é para mim uma referencia existencial. Diante disso, como forma de reconhecimento recebi o convite a fazer parte da Casa Brigadeiro Manoel de Sousa Martins e juntar-me aos que um dia com o perdão das palavras, foram minhas referencias bibliográficas.
Efetivar-se no Instituto Histórico de Oeiras é selar um compromisso com a memória de Oeiras, suas tradições e suas velhas formas de viver. Dessa maneira, zelar pelas coisas de nossa terra é como advertiu o escritor Miguel de Cervantes: "A história é êmula do tempo, repositório dos fatos, testemunha do passado, exemplo do presente, advertência do futuro. " Nesse propósito, preservar a nossa história é manter viva a nossa própria identidade.
Sem mais prolongamentos, fazer parte dessa casa é assumir uma responsabilidade de ajudar a manter o patrimônio material e imaterial da cidade e acima de tudo asseverar a nossa oeirensidade sentimento este adquirido desde a tenra idade quando fomos guiados por nossos familiares a vivermos as seculares manifestações culturais que tanto nos singularizam.
Junior Vianna
Nos idos do século XVII, o memorável cientista inglês Isaac Newton enviou uma carta para Robert Hooke e nela atestou que "Se vi mais longe foi por estar de pé sobre ombros de gigantes." Nessa frase evidenciou a eloqüência de suas descobertas no campo das ciências naturais. Todavia, eu usaria a mesma frase para explicitar que das muitas informações que tenho sobre nossa terra devo aos escritos outrora publicados nas revistas do Instituto Histórico de Oeiras, pois, varias vezes saciei a minha sede de conhecimento nessas fontes de grande valor historiográfico.
Mas por que falar nas revistas e não nos muitos entusiastas que nelas registram história? Porque a priori, a maioria desses gigantes eram desconhecidos para mim. Entretanto, nas muitas leituras realizadas, passei a descobrir que cada prosador tinha sua forma de externar o seu amor a terra mãe. Foi assim, que conheci José Expedito Rêgo, Possidônio Queiroz e Costa Machado não mais humanos, mas imortalizados em cada página das revistas.
Assim, debruçar sobre os textos dos periódicos do IHO é antes de qualquer coisa, mergulhar num universo intrínseco de conhecimento. Foram elas que durante minha formação acadêmica nortearam-me na tentativa de compreender os enigmas da Velha Urbe e nessas leituras tornei-me amigos de Dagoberto Jr., Espírito Santo Rêgo, Rita Campos e de tantos outros. Ate ali, meu diálogo limitava-se a quatro paredes e um livro sobre a mesa. Dessa forma, diante da sabedoria impressa naquelas revistas, lembrei-me do poeta português Fernando Pessoa em seu poema “Da minha aldeia” que diz: “ Na minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver o universo.../ Por isso a minha aldeia é tão grande como outra qualquer/ porque eu sou do tamanho do que vejo/ e não do tamanho de minha altura...” Portanto, tão quanto o poema, em Oeiras muitos são os que devotam com regozijos o seu sentimento bairrista.
Com o passar dos anos as revistas do IHO não mais saciavam as minhas curiosidades pelas coisas da velha urbe. Assim, procurei a sabedoria viva de alguns que fazem parte dessa casa, desta feita, as respostas vieram na oralidade de Carlos Rubem, Chico Rêgo e Dagoberto Jr. que pautados no respeito e na afetividade nos tornamos amigos e irmanados na mesma causa, que é o estima incomensurável por nossa terra.
O amor pela terra mãe me fez professor de história, por que não dizer contador de história visto que certa vez disse Machado de Assis: “repare como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de histórias é justamente o contrário do historiador, não sendo o historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias”. Nesse contexto, Oeiras é para mim uma referencia existencial. Diante disso, como forma de reconhecimento recebi o convite a fazer parte da Casa Brigadeiro Manoel de Sousa Martins e juntar-me aos que um dia com o perdão das palavras, foram minhas referencias bibliográficas.
Efetivar-se no Instituto Histórico de Oeiras é selar um compromisso com a memória de Oeiras, suas tradições e suas velhas formas de viver. Dessa maneira, zelar pelas coisas de nossa terra é como advertiu o escritor Miguel de Cervantes: "A história é êmula do tempo, repositório dos fatos, testemunha do passado, exemplo do presente, advertência do futuro. " Nesse propósito, preservar a nossa história é manter viva a nossa própria identidade.
Sem mais prolongamentos, fazer parte dessa casa é assumir uma responsabilidade de ajudar a manter o patrimônio material e imaterial da cidade e acima de tudo asseverar a nossa oeirensidade sentimento este adquirido desde a tenra idade quando fomos guiados por nossos familiares a vivermos as seculares manifestações culturais que tanto nos singularizam.
Junior Vianna
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