Foto de Orlando Berti
O desabrochar da Paróquia de
Colônia do Piauí
Era março de 1697, quando nas
ribeiras do Mocha instituía-se a Paróquia em devoção a Nossa Senhora da Vitória.
Vitória pois, daqueles sertanejos tão
distantes e desprovidos das palavras de
Deus, a Igreja que nascia nas feudais
terras da Casa da Torre, era sem dúvida uma ousadia do prelado pernambucano, Frei Francisco de Lima, que não tardou em visitar a nova freguesia em
detrimento da tirania dos sertanistas. Ora! Francisco deixara a comodidade da Cúria
para embrenhar-se sertão adentro, era ali o pastor tentando apascentar o seu rebanho!
Como bom carmelita, se fez missionário e tomou por base uma passagem do
evangelho de Mateus: "Ide, disse o Salvador, e proclamai em todas as
partes que o Reino do Céu está aberto”.
Assim feito, edificou-se no Brejo
da Mocha a Igreja mãe de todas outras igrejas do Piauí. Anos posteriores os
substitutos do bispo semeador, repetiram em outras cidades o mesmo ritual
litúrgico, e varias paróquias foram criadas. Em verdade vos digo, a semente
plantada por Dom Francisco de Lima, deu frutos. E dessa semente, brota em dias
atuais nas cercanias da primogênita paróquia, mais uma freguesia, dessa vez em
orago a Santo Antônio, um franciscano que se dedicou à oração e a penitência, e
que fez de sua vida um verdadeira difusor das palavras de Deus.
A nova Paróquia fica na cidade de
Colônia do Piauí, antiga fazenda Saco do Rei, que outro, antes mesmo de
pertencer à Coroa lusitana, pertencera aos padres jesuítas. Terras férteis que
margeiam o rio Tranqueira, a mesma região que se realizou no apagar das luzes
do século XVII a reunião para criação da primeira paroquia do Piauí. Tal
encontro sem fez na fazenda com o mesmo nome do rio, na casa do senhora Antônio
Soares Thoguia. Depois de tanto tempo, firma-se nessa região sua própria sede
religiosa, quanta benevolência!
A Paróquia de Colônia do Piauí
que se desmembra da Paróquia de Nossa Senhora da Vitória de Oeiras, faz avivar
as coincidências da vida! E quanta coincidência! Nas terras que um dia foram
dos jesuítas, edifica-se a freguesia em orago a Santo Antônio, evangelizador tão
quanto o bispo que criou a primeira paroquia piauiense, que por sinal
chamava-se Francisco, tão quanto o novo Papa, que é jesuíta. Isso pode ate passar despercebido diante a
simplicidade da cristandade, mas é bem verdade que nessa terra sertaneja, onde muitos
são os descendentes de vaqueiros aguerridos, permanece a intrínseca devoção às
coisas da Igreja Católica, e isso se faz quando batizam os seus filhos com nomes
que rementem aos santos do catolicismo heráldico, sobre tudo de Francisco e
Antônio. Nomes simples, de pessoas humildes que irmanados na mesma fé edificam
em benditos e orações aquilo que aprenderam com seus ancestrais na mais popular
das ritualizações.
A nova paróquia sob a liderança
do padre Juvenal Soares Pereira, pastoreado por Dom Juarez Sousa da Silva,
efetiva-se ao mesmo tempo em que o pontificado do Papa Francisco. Dessa maneira
rememoram-se velhos rituais sacros nas terras sertã do vale da Tranqueira, que
por anos a fios eram para os primeiros moradores um verdadeiro criatório de
gado vacum. Assim na Terra da Vaquejada, onde a fé é uma das características
desse povo, vive antecipadamente das festas juninas, aquela saudação
nordestina: viva Santo Antônio!
Junior Vianna
Um comentário:
Buona giornata a voi
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