Mosaico da Vila

E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias
Machado de Assiso leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de AssisOSAICO DA VILA
E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de AssisICO DA VILA
E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de Assisepare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de Assis

OEIRAS VISCONDIANA


ORIGEM
Na história do Brasil, o homem mais temido da província do Piauí na primeira metade do século XIX tinha nome e sobrenome, se tratava de Manoel de Sousa Martins, nascido na Fazenda Serra Vermelha, no dia 8 de dezembro de 1767, terras que um dia foram de Jaicós e atualmente pertencem a cidade de Paulistana. Era filho de Manoel de Sousa Martins e Don' Ana Rodrigues de Santana.
Dos muitos causos, uma breve narrativa do menino-homem, na escrita poética expeditiana:

CAP. 5: MORRE NÉ MARTINS
“ (...) Né de Sousa não chegou a verter uma lágrima. Sentia só por dentro grande pena do pai, uma coisa comprimindo-lhe o peito. Não nasceu, porém, para o negócio de choro... Atitude de homem, de vaqueiro afeito a luta no duro, não para derramar lágrimas feito mulher.”
(LIVRO: RÊGO, José Expedito, Vaqueiro e Visconde – 3ª edição p. 30)

DESEJOS:
Parecia irreal, mas de vaqueiro na Serra Vermelha, tornou-se governador da Província, porém, nas entre linhas desse rito de passagem, muitos foram os desejos... Desejo de ser rico e poderoso, algo que demorou, mas não tardou.

TÍTULOS E PODERES:
A principio era simples soldado raso, mas por intermédio de amizades, tornou-se Furriel da tropa da 5ª Companhia do Regime de Cavalaria de Milícia. Logo depois, Alferes- 1804, Coronel agregado – 1815 e em 1820 foi promovido a pomposa patente de Brigadeiro.
Honrarias Reais e Imperiais:
Habito de Cristo -1811
Oficial da Imperial Ordem do Cruzeiro – 1823
Fidalgo Cavaleiro da Casa Imperial – 1824
Barão da Parnaíba – 1825
Visconde – 1841
Além de ter sido governador da província do Piauí, desde o golpe de 1823 até 30 de dezembro de 1843, quando foi substituído por José Ildefonso de Sousa Ramos.
Assim, dos sonhos pretensioso, tornou-se o mais nobre de todos os piauienses do século XIX, permanecendo ainda hoje como mito, que povoa o imaginário coletivo.

AMORES E CASAMENTO:
O velho visconde foi um homem de muitos amores e de muitas mulheres, sem dúvida as matas de mufúmbo serviram por várias vezes de leito para os deleites desse homem e suas prendas, ora mulatas, ora índias, que por sua vez, foram fisgadas pelo charme de Manoel de Sousa Martins. Porém, contrato matrimonial deu-se com a prima Josefa Maria dos Santos, mas amor de verdade devotou a Sebastiana, mulata, menina-moça, que se fez amante do patrão.

CAP. 10 – O AMOR DO MATO
“(...) Né de Sousa não disse uma palavra, arrastou-a para o quarto (...) levantou a saia, arrancou-lhe as roupas de baixo. A posse foi brutal e rápida. Sebastiana nem teve tempo de gemer. Só depois que terminou e viu a mancha de sangue tingido o lençol de pano grosso, o moço falou, surpreso:
__ Não sabia... Pensei que aquele teu namorado, o Joaquim, Já te havia beneficiado...”
( LIVRO: RÊGO, José Expedito, Vaqueiro e Visconde – 3ª edição p. 49)

Mesmo após a morte de esposa oficial, casou-se novamente, dessa vez com Maria Benedita Dantas, que também era viúva. Todavia muitas foram as que se enrolaram com o Visconde em nome do prazer carnal.

HERDEIROS:
Do primeiro casamento:
Coronel Raimundo de Sousa Martins, Tenente-Coronel José de Sousa Martins e Maria Josefa Clementino de Sousa.
Do amor com Sebastiana, uma prole ilegítima:
Antonio de Sousa Martins – Ministro do superior Tribunal, Jesualdo de Sousa Martins – Desembargador na Bahia, Carlos de Sousa Martins – advogado, Cônego João de Sousa Martins – Vigário de Oeiras, Cornélio de Sousa Martins – funcionário público e outras duas filhas, Joaquina Maria e Maria Joaquina, que se casaram com senhores de posse.

CAUSOS DE UM VISCONDE:
* Certa vez enviou uma carta ao Imperador Dom Pedro I, pedindo permissão para que colocasse no piso de sua sala, moedas de ouro, todavia foi negado o pedido, pois nas ditas moedas estava grava a fasse do então monarca.

* Amado e odiado por muitos, certa vez tentaram matar o Visconde, quando o mesmo estava na janela de sua casa. O mal disparo, acertou na verdade a janela, mas mesmo assim, Né de Sousa caiu do susto.

* Como bom sertanejo, o visconde não era de muitas cerimônias, assim, sem pompas recebeu de cirolas em sua casa o cientísta George Gardner, que por sua vez estranhou o modo do tão famoso político receber uma visita, algo muito oposto aos modo europeus.

* Muito ambicioso, o Visconde desejava que na cidade de Oeiras, então capital do Piauí, tivesse um bispado. Tomado pela pretenção desejava que o tal prelado fosse de sua família a qualquer custo, assim, fez do filho João de Sousa Martins, padre, construiu a melhor casa e na sala principal da mesma, mandou erguer três arcos e sobre estes Mitras, para evidenciar a sua vontade, todavia, o filho não passou de Cônego.


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