Mosaico da Vila

E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias
Machado de Assiso leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de AssisOSAICO DA VILA
E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de AssisICO DA VILA
E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de Assisepare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de Assis
Simplesmente

Nos últimos tempos tem me atraído muito as obras do escritor oeirense José Expedito Rego, um legado literário de certo modo pouco explorado e não muito difundido, mas é sem dúvida formada por obras de uma linguagem agradável e de grande teor poético.

Para mim, sem desdenho é o melhor escritor da velha cidade, o único que soube condensar na escrita ficção, história e poesia, um misto de características que por sua vez identificam Oeiras enquanto uma urbe cultural. José Expedito tinha um jeito particular de escrever, abusando do flashback e transparecendo com fidelidade os acontecimentos nas páginas de suas obras, como em “Caminhos da Loucura”, ao descrever o protagonista, Juca, dependurado numa caramboleira ao degustar os pomos da frondosa arvore, ou simplesmente descrevendo Dona Sinhá, carola e personagem de “Malhadinha” na sua labuta diária.

Ou ainda em “Vaqueiro e Visconde” que como bem diz Fontes Ibiapina é: “Um romance sócio-político”, onde transpareceu a figura pitoresca de Manoel de Sousa Martins, o tal Visconde da Parnaíba. Todavia o mais interessante é que José Expedito com sua sabedoria literária criou um meio mágico de comunicação, espigando uma afinidade entre leitor e obra, para não dizer com Né de Sousa, como assim foi intitulada a obra na sua primeira edição.

Embora tenha se destacado em fazer romances, também se enveredou pela poesia, escrevendo “Horas sem Tempo”, composto por poemas de versos livres, como “Pé de Cebola Braba” dedicado a um dos filhos, assim como este, os outros são de grande valor literário. Com alguns textos publicados em jornais, dentre eles “Nosso Hino” e “Medo de Médico”, transpareceu seu lado cronista asseverado fatos do cotidiano, como assim fez em escrever “Estórias do Tempo Antigo”, onde imortalizou causos populares, outrora narrados pelo colega Zé Lopes.

Desta forma, sempre que posso tenho o prazer de entrar em contato com as obras desse monstro sagrado da literatura moderna, todavia ainda não tive contato como “Vidas em Contrastes” (romance) e “Boaventura” (novela) essa última ainda inédita, aos amantes da escrita expeditiniana.

Contudo, a obra de José Expedito deve ser degustada, apreciada e acima de tudo explorada como uma obra-prima que precisa ser beneficiada e desta feita chegar as casas de quem ama a leitura, digo uma boa leitura.

Junior Vianna

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