Mosaico da Vila

E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias
Machado de Assiso leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de AssisOSAICO DA VILA
E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de AssisICO DA VILA
E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de Assisepare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de Assis

Pouca Vergonha

Em uma cidadezinha por nome de Pouca Vergonha, em virtude do riacho que lhe corta, ocorrem fatos hilariantes, principalmente em tempos de eleições, onde apenas dois grupos disputam as eleições municipais, sustentados pelos seus arcaicos currais eleitorais, onde seus membros com qualquer dor de barriga logo correm ruma a casa dos seus partidários para desfrutar das ajudas fáceis.
Dentre os muitos causos, os mais interessantes são os pedidos de ajuda pessoal, como assim ocorreu certo dia com o senhor por nome de Chico Marreca, que com a energia elétrica de casa cortada viu-se na necessidade de interceder pela ajuda de um desses homens de poder, e sem delongas, foi direto a casa de comercio de seu Zé Fortuna, parente de um dos candidatos a prefeito:
__ Bom dia seu Zé!
__ Tudo bem! O que o senhor deseja seu Chico?
__ O que me trás aqui... É que to no maior arrocho!
__É doença?
__ Não é porque o pião da cepisa cortou a luz lá de casa... Pense seu Zé numa coisa ruim! A muié de noite fica doida pra vê a novela...é ruim demais.
Seu Zé fortuna, meio que impaciente com aqueles talões de energia elétrica, teve rapidamente uma solução para aquela situação, afinal já era anos de experiência:
__ Ei Marília! Vem cá minha filha... Pegue ali duas caixas de vela estearina.
Chico da Marreca observava aquilo tudo, sem compreender o motivo e nem a precisão das velas, quando por sua vez foi surpreendido por seu Zé Fortuna:
__Olha só! Hoje você não dome no escuro... Toma aqui essas duas caixas de vela! E saiba usar pra não acabar logo.
Meio desnorteado, Chico da Marreca saiu do comercio sem destino, com a incerteza de como pagaria aquele debito, porém convicto de seu voto, pois não era uma desfeita de seu Zé fortuna que faria mudar de partido, afinal voto é voto. Era por esse motivo como por tantos outros, que não só pelo riacho, a cidade era jus em ter o nome de Pouca vergonha.

Junior Vianna


4 comentários:

Teste disse...

desvalorizar ainda mais "algo" que jah não encontra o valor...fazer o que??

Dandara disse...

Sr. Júnior,

Só me resta parabenizá-lo infinitamente...

O orgulho me inunda nesse momento, por saber que esse oeirense de corpo e alma consegue escrever e injetar em cada texto de sua autoria a verdadeira essência de ser um autêntico OEIRENSE...

E posso me orgulhar ainda mais de poder dizer que trabalhamos juntos e que pude compartilhar da sua explêndida capacidade de ser quem é!!!

Blog maravilhoso...

BjoO

Lameck Valentim disse...

Júnior Vianna é da nosa safra da literatura oeirense que vem mostrando que Oeiras continua a "terra de poetas, músicos e loucos". Com muita lucidez e usando de recursos literários consegue transmitir os sentimentos da mais plena oeirensidade em seus textos, crônica e contos.
E claro que o autor não poderia apenas "falar das flores", é preciso também "falas dos espinhos", e Pouca Vergonha mostra um desses espinhos que infelizmente está atravessado na garganta de muitos oeirenses. Mas há de chegar a hora, em que nosso povo se libertará desses Zé Fortunas, e aí nosso talentoso Júnior Vianna escreverá sobre a nossa redenção.
Sucesso Sempre

Felicidade Clandestina disse...

obrigada pela visita meu caro,

abraços!