Mosaico da Vila

E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias
Machado de Assiso leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de AssisOSAICO DA VILA
E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de AssisICO DA VILA
E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de Assisepare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de Assis

Coisas sem fim

Ainda abduzido pela atmosfera sacra que envolveu Oeiras, não posso deixar de explicitar o que de mais profundo mais uma vez vivenciei, ou melhor o que senti de forma intensa nas caminhadas litúrgicas, pois ou povinho pra gostar de procissão, assim deixou pelas ruas as promessas, os ex-votos e seus desejos. Uma cristandade que consumiu a cidade, ao tempo que a própria cidade reviveu vibrante as suas tradições, mesmo que muitas delas agonizem e desfalecem diante ao modismo e ao descaso
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Assim foi Oeiras na sua Semana Santa, diante a confluência do velho com o novo, ou simplesmente do velho que se renova como foi o caso do Café Oeiras, bar popularmente elitista. Elitista? Não. São as velhas máximas do cotidiano oeirense. Mas a bem da verdade, um Café cheio... Cheio de crianças precoces e adolescentes infantis, com seus carros multisons e multibesterois, eram na sua maioria filhos da “geração ninho”, que se recusam crescer mentalmente, mas mesmo assim fica o dito pelo não dito, foram para a Semana Santa em Oeiras, ou melhor, para a semana “Cana“ em Oeiras.

Mesmo com tantos desencontros, as ruas de Oeiras serviram de tablado pra o espetáculo do Fogaréu. Na Velha Urbe na exista como noutros lugares soldados romanos e nem o toque lamuriante do clarim, existe na verdade a disposição de caminhar muito, são coisas de homem, tempo de penitar e abolir os pecados, ou parte deles, enquanto moiçolas escolhem a dedo os seus pretendentes. Assim, caíram os veis e rasgaram-se as sedas dos antigos preceitos e costumes seculares. No findar da procissão do Fogaréu, o mais eloqüente dos sermões de toda a Semana Santa, um orador agudo, novo e filho do seu próprio tempo, usou uma linguagem jovial, concomitantemente, exclamou e apontou o verdadeiro sentido dessa manifestação, apontou ainda que sociedade trai Jesus Cristo nas mais variadas formas, porém pecou em não apontar que a própria igreja trai Jesus Cristo com seus vícios. Mas é assim mesmo, “faço o que digo não faça o que eu faço...”

Nesse período, Oeiras foi mais do mesmo, famílias reunidas, amigos, reencontros, almoços fartos no dia de jejum, quibebo( quibebe), frigideira, fuxicos e muitas orações. Desta feita, os oeirenses no mais profundo de sua oeirensidade são bons anfitriões, mostram a cidade, escondem os defeitos e acima de tudo, em coletividade, são superiores a qualquer indiferença, pois nas cerimônia sacras não existem pretos ou brancos, ricos ou pobres ou tupamaros e bocas pretas, são simplesmente oeirenses, caminhando na Izidrio, na do Fogo, por becos e ruelas de solidão sem fim.

Contudo são coisas de Oeiras, como gosto de dizer, são velhas e renovadas formas de viver, que tanto massageia o meu ego e assim posso deleitar-me com tantos causos pitorescos dessa Urbe. Todavia o que foi roxo em breve encarnado ficará, deixando a cidade ainda mais divina, mas a bem da verdade a Semana Sana não tem fim, ela se renova cada vez que um oeirense a cita, mesmo que seja em palavras. Palavras... Muitas coisas para contar.

Um comentário:

Wesley Reis Lima disse...

E pra quem não conhece a cidade de Oeiras o junior realmente conseguiu essa proeza de passar o tanto que essa cidade tem sua originalidade durante a semana santa...Não importa onde você está, se não está la,ou estar aqui, quem ja presenciou a semana santa de Oeiras a glória não é passageira, o simbolismo de lá é perpétuo,so la que faz agente refletir sobre a tristeza!.A magia da semana santa de oeiras fascina tanto, mas tanto, que ficar parado, olhando para todo o ritual é comum , pois é bastante profundo.