Mosaico da Vila

E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias
Machado de Assiso leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de AssisOSAICO DA VILA
E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de AssisICO DA VILA
E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de Assisepare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de Assis
Festa do Divino Espírito Santo

Oeiras Divinal


A migração da Família Real portuguesa para o Brasil nos primeiros anos do século XIX foi sem dúvida um dos fatores que favoreceu a disseminação da devoção ao Divino Espírito Santo em solo colonial. Dessa forma, não tardou que as mais distantes regiões brasileiras difundissem o culto ao paráclito, todavia, ao se espalhar pelos mais distantes rincões foi ganhando características diferenciadas, como é o caso de Alcântara Maranhão ou a cidade de Goiás Velho no Goiás, onde a devoção peregrina é mais conhecida como “Folia do Divino”, talvez a mais popular celebração em honra ao Espírito Santo, porém, em outros lugares o caráter festivo é bem mais pomposo, seguindo a risca a tradição portuguesa, como assim ocorre no Recôncavo baiano e em muitas cidades nordestinas.

Diante a isso, a Festa de Pentecostes em Oeiras é sem dúvida uma das mais ricas manifestações culturais do Piauí, onde a devoção festiva plasmou-se em meio ao “ciclo do couro” e com os anos, passou também a ter características próprias, assim, anualmente uma casa comum se abre em saudação e transforma-se em santuário, tornando-se majestosamente a residência santa do Paráclito. Anteriormente a escolha do inperador-gardião do Divino baseava-se em pro meças, atualmente a escolha do mesmo leva-se em conta a um sorteio feito previamente no dia da Ascensão do Senhor, oeiramente chamado de Coroação do Divino, uma semana antes da festa propriamente dita.

A festa por sua vez num bom gosto isabelina, faz a cidade envermelhar com a pomposa cor que um dia foi símbolo das realezas européias. Na velha Urbe, tão quanto em Tomar-Portugal, a cristandade caminha em procissão, contritos em orações e envolvidos pelo cheiro doce do incenso. Todavia, os tabuleiros alegóricos lusitanos, são por sua vez na sertaneja Oeiras, substituídos pelo conjunto sacro, mas mesmo assim desfilam de vermelho e branco, cores que molduram a celebração festiva.


Assim, na Freguesia de todas as Freguesias, encarnada pelos dons Divinais, caminha uma cristandade que popularmente fazem da Festa do Divino Espírito Santo, um dos mais belos rituais da Oeiras Colonial, desde a simplória distribuição da carne aos cantos, que imortalizam na tradição secular a identidade de um povo.

Junior Vianna


Um comentário:

Gabriela Gomes disse...

Obrigada, Junior!
Que bom que gostou.

Um abraço.