Mosaico da Vila

E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias
Machado de Assiso leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de AssisOSAICO DA VILA
E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de AssisICO DA VILA
E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de Assisepare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de Assis
Praça das Vitórias

A praça- síntese


Tem pessoas que se atrevem em chamar Oeiras de bucólica, creio que tal denominação é por demais estereotipada, todavia devo concordar que alguns lugares dessa cidade são bucólicos como a Praça das Vitórias, tão quanto nostálgica e sem dúvida é testemunha silenciosa das muitas histórias que a mesma serviu de palco, como comemorações cívicas, militares e religiosas.

A praça das vitórias é bonita por si só, ao tempo que é emoldurada pelos seculares casarios que um dia pertenceram aos figurões da história da cidade, e como se não bastasse fica defronte ao templo barroco de Nossa Senhora da Vitória. Nessa praça muita gente já malharam Judas, pagaram promeças e proferiram discursos ardentes a exemplo dos seculares Major Fidié e o Visconde da Parnaíba ou do moderno D. Edberto.


É de fato a praça de sempre, que um dia foi repressora por alojar o pelourinho, insígnia do poder português, onde muitos negros foram açoitados com chicotes de “couro cru”e inusitadamente foi na mesma praça que posteriormente comemorou-se a libertação dos escravos. Um largo que inspira muitas poesias, que diga Stefano Ferreira! Simplesmente a Praça das Vitórias, onde os “heróis” da independência piauiense aclamaram D. Pedro I, fazendo assim jus o nome do lugar.


A Praça das Vitórias é um espaço de muitas narrativas, tem cheiro de pipoca nos fins de tarde e sabor de Jamelão e castanhola que enodoa as roupas de saudade. Praça-platéia, da Semana Santa, onde as crianças se encantam com os balões multicoloridos enquanto outras se lambuzam com os sorvetes sem sabor, ao tempo que os homens discutem sobre a matreira política e as mulheres tecem sobre a vida alheia. Praça- contemplação, onde os olhares miram pra o encontro do Bom Jesus com a Virgem Maria das Dores, com o mesmo olhar que fita as cascatas artificiosas da fonte luminosa. Uma praça – referência, para encontros, amores, paixões, brincadeira pueril e histórias mal contadas. Uma praça-receptiva, para o primeiro governador, primeiro bispo e para o bispado que outrora se foi, mas que retornou a cidade.


Em fim, a Praça das Vitória da à sensação de que em Oeiras o tempo não passa e nada muda, se algo ocorre é de maneira bem discreta, quase implícita. Talvez a antiga Câmara e Cadeia justifique! Todavia fica a praça para que possamos transitá-la e contemplá-la como insígnia de nossa oeirensidade , algo que tanto nos irmana.


Junior Vianna

Um comentário:

Cynthia Osório disse...

pude sentir o cheirinho da pipoca...ótima descrição!