Mosaico da Vila

E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias
Machado de Assiso leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de AssisOSAICO DA VILA
E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de AssisICO DA VILA
E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de Assisepare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de Assis

O olhar divinal de Adleuza Pacheco

Abrasada pelos raios do sol do Equador, Oeiras viveu por mais um ano a festiva celebração do Divino Espírito Santo, Terceira Pessoa da Santíssima Trindade. As ruas encarnadas pela divina oeirensidade explicitava a intimidade desse povo com as tradições seculares da velha urbe. Um dia onde a emoção da maior parte das famílias católicas da cidade fica aflorada, pelo preito ao Paraclito.

Muitos sãos as manifestações dos devotos para com os símbolos da festa, desde o toque na imagem à bandeira que em leve ritualização baila sobre as cabeças dos processionais. Faz-se ali o que os historiadores definem como hipertrofia devocional, momento onde a fé é exteriorizada de maneira bastante excessiva. São por sua vez, sentimentos particulares e silêncios, que somente com a sensibilidade artística da fotógrafa Adleuza Pacheco para termos dimensão desse momento histórico.

As imagens capturadas por essa artista traduzem a essência da cidade, isto é, explicita a emoção vivida pelos oeirenses quando realizam aquilo que tão bem sabem fazer. De muito bom gosto, quase nada parece escapar de seu olhar agudo. As lágrimas, os risos, os olhares contemplativos ganham notoriedade, assim, a fotógrafa nos leva junto para dentro desse universo mágico.

Adleuza é de uma nova safra de artistas, que escolheu para si a arte que tem a capacidade de hipnotizar e encantar. Como bem dizem, “contra prova não há argumento”. E não há argumento mesmo, diante a qualidade do seu ensaio tematizado na Festa do Divino. Qual o segredo da qualidade dessas fotos? Diria: um misto de oeirensidade e profissionalismo autodidata, resultado de anos de experimentos e aperfeiçoamentos.

Portanto, para validar o feito artístico de Adleuza Pacheco, recorri à internet com intuito de encontrar alguém que poderia ter dito algo melhor a respeito dessa arte, e por sorte encontrei Ivan Lima, que expressou: "A fotografia, antes de tudo é um testemunho. Quando se aponta a câmara para algum objeto ou sujeito, constrói-se um significado, faz-se uma escolha, seleciona-se um tema e conta-se uma história. Cabe a nós, espectadores, o imenso desafio de lê-las." Desse modo, Adleuza Traduz em seu ensaio a vivência cultural de um povo, sem esconder a sua mais profunda oeirensidade.

Junior Vianna

Um comentário:

Anônimo disse...

Confesso que “escrever com palavras” não é meu forte, mas acredito que consigo escrever verdadeiras histórias através de imagens que congelo eternamente por meio das lentes.
Fotografar se revelou para mim uma PAIXÃO. A princípio era apenas uma curiosidade, mas com o tempo fui tomando gosto. Acho que hoje se tornou um vício saudável. Se é que qualquer vício possa ser saudável. Registro tudo: o belo, o feio, incomum, o inaceitável. Entretanto o que mais me fascina é captar através de uma lente o sentimento, emoções, FÉ, tão verdadeiramente aflorados nas festividades religiosas de Oeiras.
Chego a me arrepiar quando vejo aqueles milhares de peregrinos seguindo os Passos do Bom Jesus, entoando lamentos... pagando promessas.
A Festa do Divino é um espetáculo à parte, parece que tudo se ilumina. Deve ser o poder abrasador da luz Divina do Espírito Santo. É comovente ver pessoas chorar, tocar, beijar, contemplar uma pequena imagem de grandiosa simbologia.
Isso tudo para mim é MUITO VERDADEIRO, e merece ser registrado.
E quando de repente me deparo com o artigo do conceituado Historiador Júnior Viana atestando a qualidade desse trabalho, percebo a importância e a responsabilidade de fazê-lo cada vez melhor.
Sou grata a todos que acompanham, admiram e valorizam essa Arte-Paixão.
Até os próximos cliques.

Adleuza Pacheco – Fotógrafa amadora de Oeiras-pi