Mosaico da Vila

E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias
Machado de Assiso leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de AssisOSAICO DA VILA
E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de AssisICO DA VILA
E repare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de Assisepare o leitor como a língua portuguesa é engenhosa. Um contador de historias é justamente o contrario do historiador, não sendo um historiador, afinal de contas, mais do que um contador de histórias" Machado de Assis

A poesia citadina


Há um vilarejo ali
Onde Areja um vento bom
Na varanda, quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão

(Marisa Monte)


A poesia para mim é nada mais que a comovente forma de dizer algo de maneira bem elaborada, por sua vez, arquitetada em metáforas, antíteses e tantas outras figuras estilísticas, assim se estrutura em estrofes, sejam elas clássicas ou simplórias, porém carregadas de significas e sentimentos.


Desta feita, porque não dizer, com a licença poética da língua portuguesa, que Oeiras é uma poesia? Sem pecar pelas pretensões, uma poesia por sua vez arquitetada aos moldes portugueses, assim, plasmaram-se na sertaneja cidade, as ruas delgadas, becos, casarios, janelas, rotulas, praças e igrejas, dessa forma cada um em sua singularidade são versos coloniais que a cada encontro de ruas formam quadras poéticas, por que não dizer estrofes?


Assim a poesia flui, pode ser para algumas nostálgicas e românticas no bom gosto dagobertiniano, já para outros pode ser parnasiana ou ate mesmo simbolista ou simplesmente experimental, não é memo Stefano Ferreira?A cidade é poética e fala por si só, nas nuanças que nos faz perceber nitidamente a poesia que paira na atmosfera do lugar. A poesia se faz nas ruas... Rua do Fogo... ”fogo que arde sem se ver”, mais do que o conhecido verso de Camões, em Oeiras a poética definição rememora a queima do boi de palha, manifestação cultural nossa, apagado pelo tempo.


A poesia se faz ainda entanto outros lugares, como na rua das flores, das portas verdes... E janelas também, janelas de rotulas e ventarolas, molduradas ou de formatos ogivais como na casa que um dia pertenceu o clã do escritor O. G. Rego. A poesia se mistifica na praça da matriz, num bom gosto espanhol, já que a mesma remete-se a estrutura das coloniais praças das armas espanholas, isso faz lembra-se da antiga Casa das Armas que ficava na parte sul da citada praça, mas a bem da verdade, isso é outra história.


Dessa maneira, a poesia inunda a cidade e contagia os citadinos, se fazendo uma poesia densa, às vezes gótica, na maioria das vezes barroca e sem anacronismo, uma poesia no bom gosto trovadoresco, pois ainda resiste às velhas relações de trocas de favores. Assim não há quem não diga que Oeiras é uma poesia!


junior vianna

3 comentários:

Cynthia Osório disse...

Hum, inspirador...!

Sanmya Meneses disse...

Olá.
Gostaria de um contato seu [email ou telefone] para saber a possibilidade de voc~e me ajudar no meu trabalho de conclusao de curso. Sou estudante de jornalismo e estou fazendo um estudo sobre a procissão de bom jesus dos passos. Encontrei seu blog e me interessei muito por algumas coisas que preciso usar no meu trabalho. enfim, se possivel me encaminha teus contatos, ok?
meu email é sanmyalayanne@gmail.com .
desde já, obrigada.
Sanmya Meneses

Maria disse...

Que bonito. Mas pode ser que sejam seus olhos...eles devem ser poesia.