Conto inesperado
Caminhou rumo à janela onde se vergou sob a soleira e passou a fitar a paisagem da velha cidade...
Seu olhar distante e miúdo perdia-se em meio à cor cinza do mês de outubro. Olhava para quem ia e quem vinha, se quer se mexia, parecia estar hipnotizada, mas a bem da verdade, ali não ocorria nada para ser admirado.
Inesperadamente fechou a janela e recolheu-se dentro de casa num mistério só. A mulher enlutada era Matilde que ainda hoje espera o marido que foi a feira e nunca mais voltou.
junior vianna
3 comentários:
cena cotidiana,lenta como a espera de Matilde. Esse conto é presa fácil aos olhos da imaginação. Parabéns!
Parabéns! Cada cidade possui suas particularidades. Esmeralda, não é única, quantas outras esmeraldas existiram e ainda existem no anonimato. Aqui, foi Maria Luiza, Princesa, "Contra-peso", violeta, (sim nome de flor) mas uma das mais famosas foi minha "bisavó"
"Luiza Caburé", que num período não tão distante receberá o nome de um "Espaço Cultural" ao lado de minha "moradia" com o Título "Espaço Cultural Progênie de Mãe Luiza Caburé".
Coitadinha da Matilde! Esse é o texto que mais gosto, toda vez eu leio ele quando visito o Mosaico da Vila.
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